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HOMEOPATIA
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O tratamento homeopático existe há mais de duzentos anos, e foi criado por um médico alemão chamado Samuel Hahnemann. Portanto, todo médico homeopata é, antes de tudo, um médico com a mesma formação clássica de outros especialistas. A Homeopatia chegou no Brasil em 1840 através do médico francês Benoit Jules Mure, que teve o apoio do médico português João Vicente Martins para consolidar a terapia no nosso país. Hoje é reconhecida pelo conselho Federal e Regional de Medicina, e está especialmente representada em países como Alemanha, França, Argentina, Portugal , Bélgica, Holanda, Índia e na Inglaterra. Nestas duas é a medicina oficial. Essa ciência se baseia em leis naturais. Uma delas é o Dinamismo Vital, ou seja, se acredita que exista uma energia vital que mantém o equilíbrio entre a mente e o corpo. O indivíduo é visto como um TODO, indivisível. Uma desarmonia desse princípio vital resulta em doença. Hipócrates, considerado o pai da medicina, séculos antes já entendia a doença como perturbação do equilíbrio, o qual mantinha o ser humano em harmonia consigo mesmo e com a natureza. Mas a medicina naquela época não seguiu essa linha. Hahnemann é que séculos depois firmou essa nova forma de entender o processo de adoecimento, e a partir disso criou um novo método de tratamento. A outra lei da Homeopatia, também apoiada numa idéia de Hipócrates, diz que o semelhante se cura pelo semelhante, ou seja, tratam-se as doenças por meio de substâncias que, quando utilizadas numa pessoa sã, produzirão sintomas semelhantes aos da doença a ser tratada. Como exemplo, uma dor de cabeça será curada com medicamentos que causem o mesmo sintoma. A energia do medicamento homeopático, que deve ser dada em pequenas doses, equilibra a energia do organismo que está doente. Com isso a saúde se restabelece. O remédio homeopático é extraído da natureza e preparado por uma técnica especial em farmácias especializadas. São substâncias de origem animal, mineral ou vegetal. É importante lembrar que o nosso organismo tem capacidade de se auto-equilibrar, porém, as vezes, pode não conseguir por si só resolver um adoecimento. E o tratamento com a homeopatia estimula essa autodefesa, ou seja, “fortalece” a energia vital do próprio organismo. O médico homeopata precisa conhecer bem o paciente que será acompanhado. Informações sobre a personalidade do indivíduo, suas sensações, emoções e reações, habilidades são muito importantes. O medicamento homeopático mais semelhante ao paciente é que poderá ajudá-lo. A doença verdadeira para essa terapia inicia pelo adoecimento da mente que se reflete no corpo físico. Por exemplo, uma ansiedade, uma preocupação, uma insegurança pode desequilibrar a energia vital e causar uma dor de estômago, uma diarréia bem como diminuir a imunidade do organismo, favorecendo gripes, pneumonias, enfim. Uma alimentação errada, um ambiente insalubre, radiações, toxinas também podem adoecer, mas não são doenças verdadeiras para a Homeopatia. Mesmo assim esses fatores externos também são considerados pelo homeopata, assim como as doenças hereditárias, e devem ser resolvidos. O tratamento homeopático, portanto, estimula a reação natural de defesa do indivíduo com substâncias extraídas da natureza devidamente preparadas. As características do paciente auxiliam na compreensão do processo de adoecimento, o que torna a relação médico-paciente muito importante.
Joice Bispo de Lima.
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