Medicina
Entendendo o Climatério e a Menopausa


A mulher passa, ao longo de sua vida, por diversos estágios, que são reflexos da atividade ovariana. A menarca e a menopausa correspondem à primeira e à última menstruação, respectivamente.
Já o climatério refere-se ao período de transição entre a fase reprodutiva e o estado não reprodutivo da mulher. A menopausa, resultado da falência dos ovários, corresponde à cessação permanente das menstruações e é o marco dessa fase, mas só pode ser reconhecido quando passados doze meses sem menstruar.
A idade cronológica é um pobre indicador do início e do fim dessa fase de transição. A idade média de ocorrência da menopausa é 50 anos. A idade de ocorrência da menopausa parece ter alguma relação com a idade da menopausa materna. Sabe-se também que ela pode ser antecipada em 1 a 2 anos entre as fumantes.
Durante esse período de transição, que varia de mulher para mulher, a diminuição da produção hormonal leva ao aparecimento dos sintomas típicos dessa fase. A queixa mais freqüente é a irregularidade menstrual, como o encurtamento dos ciclos, atrasos menstruais e sangramento aumentado. É rara a parada abrupta das menstruações (observado em apenas 10% das mulheres), pois a perda de função ovariana é progressiva.  A maioria das mulheres experimenta alterações no ciclo menstrual por 4 a 8 anos antes da menopausa.
Os fogachos (“calorões”) são descritos por cerca de 70 a 85% das pacientes. Parece que as mulheres magras e fumantes apresentam o sintoma com mais freqüência. É uma sensação de calor intenso na face, pescoço, na parte superior do tronco e nos braços (raramente acontece na parte inferior do corpo), seguida por enrubescimento da pele e depois suor excessivo. É mais freqüente à noite. Talvez, por essa maior freqüência noturna, as mulheres que sofrem desse sintoma também se queixem de insônia, irritabilidade, cansaço e redução da concentração. Os sintomas de alteração de humor, com a irritabilidade, a ansiedade e a depressão, também são mais freqüentes nessa fase.
A falta da produção hormonal ovariana leva, ainda, ao ressecamento da região genital, e à perda de sua elasticidade, podendo ser responsável pela dor ao manter relações sexuais e por outras queixas de satisfação relacionadas à atividade sexual do casal.
Todos esses sintomas podem ser amenizados por medicações existentes no mercado. Além da tão comentada terapia de reposição hormonal, existem medicamentos alternativos que aliviam os sintomas dessa fase. O ideal é que a mulher mantenha um acompanhamento regular com sua ginecologista, para que a mesma possa orientá-la sobre as modificações que ocorrem nesse período, fazer a prevenção do câncer de mama e colo uterino e prescrever a ela os medicamentos mais apropriados para seu caso. 
Portanto, não deixem de visitar sua ginecologista regularmente, e aproveite para tirar as dúvidas que esse artigo não conseguiu sanar!                               Dra Rosielle M. Trombetta, G&O




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