Medicina
Doação de Órgãos


Doação de Órgãos

 

   Gente, doar órgãos não tem problema algum! Sabemos que o momento da morte é difícil para os que ficam, mas se você quiser doar seus órgãos, basta deixar bem claro, com antecedência, o seu desejo aos familiares próximos. Não precisa ser por escrito. Basta a sua vontade.  Assim, se algo ocorrer, sua família saberá o que fazer.

É importante sabermos que após a constatação da morte encefálica (cerebral), só poderemos respirar por aparelhos e, em poucas horas, o nosso coração irá parar de funcionar. Se isso ocorrer, somente as córneas poderão ser doadas...  Por isso a urgência neste momento, pois há pouco tempo antes que a possibilidade de doação mais ampla se esgote.

Não tenha medo! A constatação da morte encefálica será feita por dois médicos neurologistas, não participantes da equipe de transplantes, com exames neurológicos apropriados para o caso. O médico de confiança da família pode participar, orientando e tranqüilizando os familiares neste momento.

O QUE PODEMOS DOAR: Córneas, Coração, Pulmões, Rins, Fígado, Pâncreas, Ossos, Medula Óssea, Pele e Valvas Cardíacas.

Uma vez que haja um doador, a Central de Transplantes da Secretaria Estadual da Saúde é comunicada, pois é ela que tem acesso ao cadastro de pacientes que estão esperando "na fila" por um órgão para, muitas vezes, poderem sobreviver...

E aproveitando, vamos acabar com alguns "fantasmas" que rondam a nossa imaginação neste momento:

Uma vez retirados os órgãos do doador, o corpo será entregue "igualzinho" à família, sem nenhuma deformidade. Não estaremos recebendo nenhum "Frankenstein" de volta, não. A Lei obriga os hospitais autorizados a realizar transplantes a recuperarem a mesma aparência que o doador tinha antes da retirada dos órgãos. Para quem doa não há diferença, mas para quem recebe, sim.

 


Como tudo que fazemos na vida é programado com antecedência, e pensamos muito antes (por exemplo, a compra da casa própria ou o automóvel que utilizamos), vamos comunicar a intenção de doar nossos órgãos também com antecedência aos nossos familiares e, na hora, tudo será mais tranqüilo para todos. Assim não seremos pegos de surpresa, e não deixaremos a nossa família em pânico, tendo que decidir por nós, quando da nossa ausência.

A possibilidade de salvarmos uma outra vida, ao final da nossa, já servirá como um grande alívio para todos, deixando a consciência tranqüila do que parte e dos que ficam. Uma parte de você ficará viva em outra pessoa que precisa muito...

Vale a pena lembrar de uma frase que ficou famosa no filme "A Lista de Schindler" de Steven Spielberg: "Quem salva uma vida salva o mundo inteiro".  

Fazer o bem não faz mal a ninguém! Mesmo que já não estejamos mais aqui...

 
Para quem quiser saber mais, a Lei que dispõe sobre o assunto é a Lei 9.434, de 04 de Fevereiro de 1997, posteriormente alterada pela Lei10.211, de 23 de Março de 2001.


                                   José Luiz Girardi
 
                     Médico Clínico e Médico do Trabalho
                                do SECOVIMED RS.

                     CREMERS 17755     REG. M.T. 1198





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